Selecionados textos para a fase final do Prémio António José da Silva

Criado pelo Instituto Camões de Portugal e pela Funarte do Brasil, em parceria com a Direção Geral das Artes (DGA) e o Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII), o Prémio de Dramaturgia António José da Silva pretende «incentivar a escrita dramática em todos os seus géneros e o aparecimento de novos dramaturgos de língua portuguesa, reforçando as parcerias de desenvolvimento e cooperação cultural entre Portugal e o Brasil». Na primeira fase do concurso, os júris nacionais selecionaram sete textos, que irão ser apreciados na fase final e de entre o qual sairá o vencedor da edição de 2010.

O júri brasileiro, constituído por Irene Brietzke, Roberto Alvim, Antonio Gilberto Porto Ferreira e Luis Augusto da Veiga Pessoa Reis, selecionou quatro obras: Concílio da Destruição, de ‘Francisco Gomes da Silva’, Agro Negócio , de ‘Cesárea Tinajero’, Bagagem , de ‘Akahige’ e A Política como Vocação , de ‘Cláudio Silva’. No Brasil, foram submetidos a concurso 226 textos.

O júri português é composto por José Maria Vieira Mendes, vencedor da 1.ª edição do Prémio, pelo professor José Louro e pela professora universitária Anabela Mendes, escolheu três textos: Checoslováquia, de ‘Yvo Fragoso’, Muro, de ‘R. Mazar’, e Nero, Príncipe do Universo, de ‘Bracara Augusta’.

"Na edição de 2010 do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, havendo para apreciação 30 obras dramáticas, o júri deliberou por unanimidade a escolha de apenas três candidatos, de entre quatro possíveis, para a fase seguinte de apreciação. Considerou o júri que nenhuma quarta candidatura preenchia os requisitos que foram considerados necessários para preencher a vaga num prémio que se quer de referência no panorama da dramaturgia de língua portuguesa", lê-se numa nota enviada pelo júri.

O Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia ‘António José da Silva’ tem o valor monetário de 15.000. O texto vencedor é editado em Portugal e no Brasil, com o apoio do Instituto Camões e da Funarte, e é levado à cena nos dois países, numa parceria estabelecida entre a Funarte, a DGA e o TNDMII.

O regulamento estabelece que os textos apurados na 1.ª fase são apreciados numa 2.ª fase por um júri comum aos dois países que determinará o vencedor. A reunião deste júri é presidida alternadamente por um brasileiro e por um português com direito a voto de qualidade (em caso de empate). A edição de 2010 é presidida pelo Brasil.

O vencedor da 4.ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia ‘António José da Silva’ é divulgado no mês de dezembro.