De Maputo a Kuala Lumpur

Maria Cristiana Alçada Padez Cortesão Casimiro nasceu em 1962, em Nampula, Moçambique, onde o pai era médico. Aos 14 anos foi para Maputo, onde concluiu o liceu e concluiu na Universidade Eduardo Mondlane o seu primeiro curso universitário como professora de Português, «um pouco à pressão», admite.

Número 125   ·   7 de Maio de 2008   ·   Suplemento do JL n.º 981, ano XXVIII

Eram os tempos do pós-independência de Moçambique e aos 19 anos já leccionava na Escola de Formação e Educação de Professores (EFEP). Em 1985 parte para a RDA, onde lecciona Português durante 4 anos a 900 estudantes moçambicanos.

Quando daí vem para Portugal, as habilitações de Maputo não lhe são reconhecidas. Trabalha como secretária em empresas alemãs no Porto e tira um curso de secretariado no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Em 1994 matricula-se na Universidade do Minho, na Licenciatura de Ensino de Português e Alemão, que conclui em 1998. E em 2000 candidata-se a Timor-Leste, sendo aí colocada em Setembro. O primeiro ano passa-o no enclave do Oecusse. Nos outros dois anos lecciona na província de Baucau (inclusivamente cursos de Formação para professores primários e secundários).

Desse período resultou um livro, Lendas de Timor, Baucau, e outras histórias, publicado em Junho passado, elaborado a partir de recolhas feitas nas aulas.

Ainda em Timor-Leste concorre aos leitorados do IPOR (Instituto Português do Oriente) e é colocada em Kuala Lumpur, desde 1 de Setembro de 2003. Em Agosto de 2007, Kuala Lumpur, além de Jacarta e Banguecoque, passa para a tutela directa do Instituto Camões.