Certificação de Cabo Verde como país livre de malária

Publicado em segunda-feira, 15 janeiro 2024 12:58

No dia 12 de janeiro de 2024, Cabo Verde, país parceiro da Cooperação Portuguesa, foi certificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como país livre de malária. Esta certificação é concedida quando um país interrompe a transmissão autóctone da doença por um período de, pelo menos, três anos consecutivos.

O diretor executivo do Fundo Global de luta contra a SIDA, Tuberculose e Malária (Fundo Global), Peter Sands, afirmou: "Trata-se de uma façanha extraordinária (…). Crucial agora é não baixarmos a guarda e ajudarmos Cabo Verde a manter a proeza e a prevenir a reintrodução da malária. Com este objetivo em mente, continuaremos a financiar intervenções de controlo de vetores e a garantir a qualidade da gestão de casos e da vigilância da doença por mais três anos."

O êxito resulta nos grandes esforços de prevenção com a introdução de redes mosquiteiras mais eficazes, tratadas com uma combinação de inseticidas e de investimentos contínuos direcionados para as populações com maior risco de contrair malária.

A diretora nacional de saúde de Cabo Verde, Ângela Gomes, reconheceu que a conjugação de recursos e esforços com o Fundo Global têm permitido “a formação e investimentos feitos a nível de recursos humanos, a nível de estruturação do programa nacional de combate ao paludismo e a capitalização deste programa”.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou: "Acredito que alcançar o estatuto de país livre de malária ficará na história de Cabo Verde como uma das suas conquistas mais significativas", destacando o “forte empenho político, vigilância, colaboração intersectorial coordenada, parceria e investimento” do país.

Portugal apoiou o Fundo Global desde o início da sua criação, tendo, até à data, efetuado contribuições no valor total de aproximadamente 16 milhões de euros.

A contribuição nacional para o atual triénio 2023-2025, partilhada entre os Ministérios da Saúde e dos Negócios Estrangeiros, através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., corresponde a 1,5 milhões de euros.

Foto © OMS/JacsSpoor