Marselha, Lisboa e Tervuren: "Europa Oxalá” questiona herança colonial e projeta o futuro

Calendário
Camões, I.P.
Data
20.10.2021 - 05.03.2023
Localizações
Lisboa , Marselha , Tervuren

Descrição

“Europa Oxalá” é uma exposição de obras de arte e um ciclo de debates que terá lugar de 2021 a 2023, em três países – França, Portugal e Bélgica.

Atual, inovadora e transnacional, é uma exposição sobre a Europa jovem que está a acontecer agora e que se quer construir como lugar de um futuro inclusivo, diverso, democrático e livre. Filhos de impérios europeus, os artistas e intelectuais que fazem “Europa Oxalá” trazem para a cena cultural e artística a herança colonial que os modela e que foi o ponto de partida para o trabalho de investigação e de produção que agora se expõe.

A maioria destes novos olhares sobre a Europa contemporânea é fruto das memórias transmitidas por pais e avós que viveram em contextos coloniais – no Congo, em Angola, na Guiné, em Moçambique, no Benim, na Argélia ou em Madagáscar – cujos herdeiros interrogam ou confrontam com outras memórias, nomeadamente memórias públicas.

A mostra apresenta dezenas de obras - pinturas, desenhos, esculturas, filmes, fotos e instalações - de 21 artistas:  Aimé Mpane, Aimé Ntakiyica, Carlos Bunga, Délio Jasse, Djamel Kokene-Dorléans, Fayçal Baghriche, Francisco Vidal, Josèfa Ntjam, Katia Kameli, Malala Andrialavidrazana, Márcio Carvalho, Mohamed Bourouissa, Mónica de Miranda, Nú Barreto, Pauliana Valente Pimentel, Pedro A.H. Paixão, Roland Gunst [John K. Cobra], Sabrina Belouaar, Sammy Baloji, Sandra Mujinga, Sara Sadik.

Além das artes visuais, uma série de debates vai dinamizar o pensamento sobre a Europa que agora se constrói e que ficará, em parte, registada num catálogo e num livro de ensaios em quatro línguas: português, francês, inglês e neerlandês. Juntos, estarão artistas, curadores, universitários, diretores de museus, pensadores portugueses, franceses e belgas, as suas diásporas e outras nacionalidades.

Os Comissários da exposição, António Pinto Ribeiro (A.P.R.), Katia Kameli (K.K.) e Aimé Mpane (A.M.), adiantam que “deram este nome à exposição a fim de veicular a ideia de uma Europa plural, mas unida. «Europa» vem da mitologia ocidental. «Oxalá» é uma palavra portuguesa cuja origem provém da expressão árabe Insh’ Allah («Se Deus quiser») e que possui vários sentidos, todos relacionados com o desejo de um futuro ou de um acontecimento positivo. Pela associação destas duas palavras, afirmamos a nossa vontade de reunir no seio de uma Europa comum geografias e culturas supostamente afastadas.”  

 

Datas:  

França: Mucem, Marselha – 20 de outubro 2021 a 16 de janeiro 2022 Saiba mais 

Portugal: Fundação Gulbenkian, Lisboa – 3 março a 30 de maio de 2022 Saiba mais

Bélgica: Musée royal de l’Afrique centrale /AfricaMuseum, Tervuren – 6 de outubro a 5 de março de 2023 Saiba mais