Luanda: Exposição "Construir o Tempo", de Mónica de Miranda

Calendário
Camões, I.P.
Data
09.09.2022 - 19.10.2022
Localização
Centro Cultural Português em Luanda

Descrição

O Camões – Centro Cultural Português em Luanda, em parceria com a galeria Jahmek Contemporary Art, inaugura no dia 9 de setembro de 2022, às 18h00, a exposição individual de Mónica de Miranda "Construir o Tempo", com curadoria de Suzana Sousa.

Esta exposição antológica, que estará patente de 9 de setembro a 19 de outubro de 2022, celebra uma carreira com cerca de duas décadas da artista portuguesa/angolana Mónica de Miranda.

Nas palavras da curadora Suzana Sousa, “a ligação entre memória e geografia tem um papel importante no trabalho da Mónica de Miranda chamando a nossa atenção para o processo de construção da memória e a forma como a geografia é permeada por elementos como arquitectura ou os afectos. Evidenciando a história concreta do espaço e estabelecendo uma teia de relações e trânsitos entre o particular e o público, o nacional e o transnacional ou memória colectiva e arquivo íntimo. Nesta teia, a memória, muito menos linear que a história, é construída a partir de um sussurro, de um lamento depois da partida, de uma lembrança que de tantas vezes repetida se torna um conto. Aleida Assman chama-lhe arquivo, esse espaço privado do relembrar, que às vezes é também público. Queremos questionar esse processo através da obra de Mónica Miranda, olhando para o corpo do seu trabalho nos últimos 15 anos. Mostrar a sua obra em Angola é particularmente relevante pois permite-nos começar no começo, por assim dizer, e a partir daí questionar processos pessoais e artísticos de interrogação da memória colectiva e do geográfico afectivo.”1

 

Nota biográfica sobre a artista: 

Artista e pesquisadora, o seu trabalho é baseado em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais. Trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, cinema, vídeo e som, nas suas formas expandidas e nas fronteiras entre ficção e documentário.

As suas exposições mais destacadas incluem: "Mirages and Deep Time" (Galeria Avenida da Índia, Lisboa, Portugal, 2022), "Berlin Biennale" (2022), "No longer with the memory but with its future" (Oratorio di San Ludovico de Nuova Icona, La Biennale di Venezia, Itália, 2022), "The Island" (Autograph, Londres, Reino Unido, 2022)  "Europa Oxalá" (Fundação Gulbenkian, Lisboa, Portugal / Mucem, França, 2022), "Thinking about possible futures" (Biennale del Sur, 2021), "African Cosmologies (Houston Fotofest, 2020), "Tales from the water margins" (Biennale Internationale de l'Art Contemporain de Casablanca, 2018), "Taxidermy of the future" (Biennale Lubumbashi, 2019), "Atlântico. Uma viagem ao centro da terra" (Galería Sabrina Amrani, Madrid, Espanha, 2017), "Panorama" (Tyburn Gallery, Londres, Reino Unido, 2017), "Arte Contemporânea Africana e Estética das Traduções" (Bienal de Dakar, Senegal, 2016), "Addis Foto Fest" (Adis Abeba, Etiópia, 2016), "Hotel Globo" (Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal, 2015), "Ilha de São Jorge" (14.ª Bienal de Arquitetura de Veneza, Itália, 2014), "Line Trap" (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013).

Nota Biográfica sobre a curadora: Suzana Sousa, curadora, escritora e pesquisadora.

 

1 Suzana Sousa escreve de acordo com a antiga ortografia.