Webinário "Pré-Historia da Lusofonia - As relações culturais luso-brasileiras no século XIX"

Tem lugar, em 18 de janeiro de 2020, entre as 11h e as 13h locais, o webinário "A Língua Portuguesa em culturas", no quadro do ciclo de seminários doutorais do  Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le Monde Lusophone (CRILUS - Etudes Romanes) da  Universidade Paris Nanterre, proposto por Graça dos Santos e José Manuel da Costa Esteves, em parceria  com a Cátedra Lindley Cintra e a Casa de Portugal -  André de Gouveia.

Para poder assistir à sessão, deverá solicitá-lo através do correio eletrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Sébastien Rozeaux é Professor Associado de História na Universidade Toulouse Jean Jaurès, membro da  UMR FRAMESPA. Autor de   Préhistoire de la lusophonie. Les relations culturelles luso-brésiliennes au XIXe siècle (2019) e de Letras Pátrias. Les écrivains et la création d’une identité nationale au Brésil (no prelo). É atualmente o diretor de redação da revista de Les Cahiers de Framespa.

Pré-história da lusofonia   - as relações culturais luso-brasileiras no século XIX  

A ideia da existência de laços fraternais privilegiados entre  Portugal e o Brasil  emerge no séc.  XIX, depois da declaração de independência política do Brasil. O seminário analisa  as múltiplas fontes desta ideia « luso-brasileira » que as  elites políticas e intelectuais  mobilizam dos dois lados do  Atlântico  quando se trata de pensar o presente e o futuro dos respetivos países. No momento em que o império português conhece um declínio sem precedentes,  o postulado de uma  fraternidade ou de uma amizade luso-brasileira é um dos dispositivos retóricos  utilizados para reconstruir a grandeza de Portugal, enquanto as elites do Brasil  investem na construção de uma nação  independente, com a necessidade de uma reconfiguração  das suas relações  com  Portugal. O carácter ambíguo  e mesmo utópico deste primeiro avatar de uma comunidade lusófona  será analisado  no quadro  de uma História atlântica das construções nacionais. As dificuldades sentidas então  fazem eco com as mais recentes  da lusofonia oficial.