Relatório propõe caminhos para “Acabar com a pobreza na nossa geração”

Publicado em terça-feira, 15 janeiro 2013 14:58

Um relatório intitulado “Acabar com a pobreza na nossa geração”, publicado em janeiro pela organização britânica Save the Children, traça um novo quadro de desenvolvimento até 2030 que se traduz num mundo em que os direitos humanos são globalmente respeitados.

Organização não governamental (ONG) vocacionada para os direitos das crianças, presente em mais de 120 países, a Save the Children afirma-se ciente de que os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio atingem o prazo limite em 2015, assegurando que tudo fará em prol da sua concretização. Porém, defende neste estudo a necessidade de se chegar a um acordo sobre o caminho a seguir quanto ao trabalho que ficará por realizar.

Para implantar os alicerces do desenvolvimento humano, a Save the Children propõe seis objetivos para um novo quadro de trabalho, a cumprir até 2030. Em primeiro lugar surge a erradicação da pobreza extrema e a redução da pobreza relativa através do crescimento inclusivo e de condições laborais decentes, seguida de imediato pelo propósito de erradicar a fome, reduzindo para metade o atrofiamento e garantindo o acesso universal a comida, água e saneamento sustentáveis.

O fim da mortalidade infantil e materna evitável e a prestação de cuidados básicos de saúde a todos constituem o terceiro objetivo. Segue-se a garantia de acesso de todas as crianças a uma educação de qualidade, a uma vida livre de todas as formas de violência e à inserção num ambiente familiar seguro. A Save the Children preconiza que até 2030 se tornem uma realidade modelos de governação mais abertos, responsáveis e inclusivos.

No relatório são ainda identificados outros quatro objetivos relacionados com o estabelecimento de parcerias globais eficazes, a construção de sociedades resistentes a situações de desastre, a sustentabilidade ambiental e energética.

Segundo a Save the Children, estes dez objetivos de desenvolvimento devem ser incorporados em sistemas globais e para a sua concretização será fundamental a coexistência de três frentes: estratégias de financiamento nacionais, um mecanismo internacional de prestação de contas que seja robusto e um fundo de investimento na recolha de dados.