Angola: Lançamento em Luanda do Romance “Viver e Morrer em Angola”, de Paulino Soma

Publicado em terça-feira, 24 janeiro 2017 16:15

Numa parceria entre o Camões – Centro Cultural Português em Luanda e a Mayamba Editora, será lançado, no dia 02 de fevereiro de 2017, às 18h30, o romance “Viver e Morrer em Angola” do escritor Paulino Soma. A obra será apresentada pelo escritor e jornalista, Luís Fernando. 

O romance “Viver e Morrer em Angola” ilustra bem o provérbio popular Ovimbundu “Se queres a paz, não te esqueças da guerra”. Numa narrativa minuciosa, de grande intensidade emocional, Paulino Cassoma, mergulha no cenário de guerra que varreu o país,  depois da independência. Partindo da realidade de uma família de Caconda, na Huíla, faz uma viagem por memórias “em carne viva”, cruas e implacáveis, que denunciam os horrores da guerra fratricida, que, durante mais de duas décadas, estilhaçou o país, desagregando o tecido económico, social e humano, transformando a terra mãe num deserto inóspito e árido, esvaziado de valores. A desolação e desespero são os sentimentos dominantes, que remetem a esperança para um sonho perdido.  

Logo no primeiro capítulo o autor diz “(…) a terra mãe era pisada, chacoteada, chicoteada e chacinada por um carrasco atroz – a guerra. E a guerra, de mãos dadas com a morte, gargalhava através das armas, seguida de um numeroso batalhão de nudez, de fome, de miséria, de sombra(…).”

Paulino Soma nasceu no município de Caconda, província da Huíla, a 8 de Março de 1982. É Doutor em Linguística pela Universidade de Évora, mestre em Consultoria e Revisão Linguística pela Universidade Nova de Lisboa e licenciado em Linguística Portuguesa pelo Instituto Superior de Ciências Sociais da Educação (ISCED) na Huíla. 

Foi docente no ISCED e Chefiou a Repartição de Ensino e Investigação do Português na mesma Instituição.

Atualmente, é Decano da Escola Superior Pedagógica do Cunene. Em 2013, publicou a obra poética “Amálgama d’Alma” e, em 2016, o ensaio “A Crise normativa do Português em Angola - cliticização e regência verbal – que atitude normativa para o professor revisor?”.

Foi assistente de revisão linguística e de projetos na ONG ACORD (Agency for Cooperation anda Research in Development). Coordenou o projeto “Falando sobre a Terra no CTH (Consórcio Terras da Huíla).