Israel: Lusofonia marcou forte presença na Feira Internacional do Livro de Jerusalém

Publicado em terça-feira, 19 fevereiro 2013 11:37

A Lusofonia marcou forte presença na XXVI edição da Feira Internacional do Livro de Jerusalém, graças à ação das embaixadas de Angola, Brasil e Portugal, representadas num pavilhão conjunto.

Diversos autores de língua portuguesa, como Frederico Júnior, Gociante Potissa and Nelson Pestana (Angola), João Gilberto Noll (Brasil), Lídia Jorge e José Luís Peixoto (Portugal) representaram a literatura lusófona ao longo dos cinco dias do certame, que começou a 10 de fevereiro de 2013.

O Pavilhão Angola-Brasil-Portugal, iniciativa inédita planificada pelas respetivas embaixadas, foi inaugurado pouco depois da abertura do evento, numa cerimónia que teve o alto patrocínio do presidente israelita, Shimon Peres.

A sessão contou com a presença da Professora Ana Paula Laborinho, sendo um dos pontos altos de uma visita de trabalho que a presidente do Camões, IP, efetuou este mês àquele país, para múltiplos contactos com responsáveis locais.

Os embaixadores de Angola, José João Manuel, do Brasil, Maria Elisa Berenguer e o Embaixador de Portugal, Miguel Almeida e Sousa, também participaram na sessão, tendo oferecido ao presidente Shimon Peres um conjunto encadernado dos livros "O Vendedor de Passados", de José Eduardo Agualusa, "Felicidade Escondida", de Clarisse Lispector e "Cemitério de Pianos", de José Luís Peixoto.

Os escritores lusófonos participaram ainda no “Café Literário”, um encontro de autores integrado na programação cultural da Feira. José Luís Peixoto dialogou com Sabine Gruber (Áustria) e Géza Röhrig (Hungria), numa conversa moderada pela editora e crítica literária Noa Manheim (Israel). João Gilberto Noll apresentou o seu romance "Bandoleiros", num encontro com o escritor e jornalista Benny Ziffer (Israel). Por seu lado, Lídia Jorge falou do seu livro "Combateremos a Sombra".

Pela XXVI edição da Feira Internacional do Livro de Jerusalém passaram autores e editores de mais de 30 países. Nos diversos pavilhões estiveram representadas cerca de 600 editoras, israelitas e estrangeiras, e um total aproximado de 100 mil títulos expostos, escritos em mais de uma dezena de línguas.

Da programação do evento destacou-se a entrega do Prémio Jerusalém - que distingue o autor que melhor exprima e promova a ideia da liberdade do indivíduo na sociedade - atribuído este ano ao escritor espanhol Antonio Muñoz Molina. Em 2005, este prestigiado galardão foi atribuído ao escritor português António Lobo Antunes.