Guiné-Bissau: Inauguração do jardim-de-infância inclusivo da Casa de Acolhimento Bambaram

Publicado em terça-feira, 19 junho 2018 16:28

A 18 de maio de 2018, em Bôr, teve lugar a inauguração do jardim-de-infância inclusivo da Casa de Acolhimento Bambaram, construído e apetrechado no âmbito do projeto “Bambaram di Mininu: Observatório Nacional dos Direitos das Crianças – Fase II”, promovido pela Cáritas Guiné-Bissau em parceria com a FEC, e cofinanciado pelo Camões, I.P. e União Europeia, com uma contribuição adicional específica da organização Amici Del Terzo Mondo.

Trata-se de um espaço pioneiro de educação inclusiva, “único no contexto guineense”, que reúne em sala crianças com e sem necessidades educativas especiais, consolidando “a abertura do espaço às crianças da comunidade envolvente”, como explicou a Secretária-Geral da Cáritas Guiné-Bissau durante a cerimónia.

O jardim-de-infância e 1.º ciclo são compostos por 4 salas que dão vida a espaços educativos devidamente equipados, edificados de acordo com os princípios de uma arquitetura inclusiva, sem barreiras à mobilidade de crianças com algum tipo de limitação ou dificuldade ao nível da motricidade.

Para a Casa Bambaram, esta nova construção representa um aumento da oferta de educação de infância, abrangendo  mais de 90 crianças.

Como afirmou Ana Pestana, Gestora do projeto por parte da FEC, em substituição da representante de país Sofia Alves, a educação de infância “é criadora da expressão múltipla das culturas de pertença de cada um”, assumindo como espaço privilegiado “a educação intercultural e revelações de bases simbólicas de pensamento das crianças”.

O projeto “Bambaram di Mininu: Observatório Nacional dos Direitos das Crianças na Guiné-Bissau – Fase II” decorreu entre 2015 e 2017, com o objetivo de promover o respeito efetivo dos Direitos das Crianças na Guiné-Bissau. De entre os resultados principais alcançados, destaca-se: o acompanhamento técnico de qualidade das crianças em seis domínios dos seus direitos (educação, saúde, proteção, nutrição, cuidados/abrigo e psicossocial); serviços de educação inclusiva para crianças, com e sem deficiência; a constituição formal do Observatório Nacional dos Direitos das Crianças na Guiné-Bissau; e sensibilização da população, organizações da sociedade civil e entidades governamentais para os Direitos das Crianças.