"Romancista, contista, membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa, vencedora dos prémios Camões e Jabuti, entre dezenas de outros galardões, e distinguida também com a Ordem do Infante D. Henrique, Lygia Fagundes Telles era uma das autoras brasileiras mais admiradas no Brasil e em Portugal", lê-se numa mensagem colocada no portal da presidência na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa lembra que a escritora "escreveu sobre as relações humanas, sobre pais e filhos, a condição das mulheres, a ditadura brasileira, em livros como `As Meninas` (1973), por vezes num registo fantástico ou veemente, outras vezes com um realismo discreto e subtil".
Lygia Fagundes Telles "conviveu com várias gerações da intelectualidade brasileira, desde a geração dos modernistas de 22, e interessou-se em especial pelo cinema, tendo sido presidente da Cinemateca Brasileira, instituição fundada pelo seu marido Paulo Emílio Salles Gomes", acrescenta.
"Agora que nos deixou, à beira de completar 99 anos, presto homenagem à grande escritora, à personalidade cativante e à amiga de sempre de Portugal e dos portugueses", conclui o chefe de Estado português.
Com Lusa
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