Programa FRESAN apoia Angola na avaliação da Vulnerabilidade e Segurança Alimentar e Nutricional

Publicado em quinta-feira, 28 outubro 2021 11:18

O Programa FRESAN - Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola está a apoiar o Departamento da Segurança Alimentar e os Governos Provinciais do Cunene, Huíla e Namibe na coordenação e monitorização da segurança alimentar e nutricional no país. Nos próximos meses, irá reforçar a componente agrícola sustentável e o apoio aos meios de vida, o acesso a água e a transferências sociais, e a ações de promoção de melhoria da nutrição.

 

Entre julho e setembro de 2021, 49% da população das províncias do sul de Angola enfrentou uma situação de insegurança alimentar aguda alta, de acordo com a análise da Classificação Integrada das Fases de Insegurança Alimentar (IPC), apresentada pelo Departamento de Segurança Alimentar (DSA), no dia 21 de outubro de 2021, no Lubango.

Estes dados resultam da Avaliação da Vulnerabilidade e Segurança Alimentar e Nutricional (AVSAN) e da Análise e Medição do Índice de Resiliência (RIMA), no Cunene, na Huíla e no Namibe, realizadas com o apoio do programa FRESAN.

A análise permite, ainda, antever um agravamento da situação entre outubro de 2021 e março de 2022, estimando-se que 58% da população possa enfrentar uma situação de insegurança alimentar aguda alta.

As evidências apresentadas sugerem que a deterioração da situação alimentar e nutricional resulta sobretudo da severidade da seca dos últimos anos, com impacto direto nos meios de subsistência da população, mas também da falta de acesso adequado a água potável, de cuidados e práticas alimentares inadequadas e da elevada prevalência de crianças com sinais de doença infeciosa.

O FRESAN é uma iniciativa do Governo de Angola, financiada pela União Europeia, cogerida pelo Camões, IP. Pretende contribuir para a redução da fome, pobreza e vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional no Cunene, Huíla e Namibe, sobretudo através do reforço da resiliência e da produção agrícola familiar sustentável, da melhoria da situação nutricional das famílias, e do apoio ao desenvolvimento de capacidades nas instituições.

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