República Checa: Prémio de Tradução conhecido a 23 de fevereiro

Publicado em segunda-feira, 20 fevereiro 2012 08:45

O vencedor da III edição do Prémio de Tradução Hieronymitae Pragenses de literaturas em língua portuguesa vai ser conhecido a 23 de fevereiro, quando da cerimónia da entrega deste galardão atribuído anualmente aos três melhores trabalhos de jovens tradutores lusitanistas checos até aos 30 anos de idade.

Trata-se de uma iniciativa do Instituto de Estudos Românicos da Faculdade de Letras da Universidade Carolina de Praga, em cooperação com o Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões (CLP/IC) em Praga, dirigido pelo leitor Joaquim Coelho Ramos.

Em 2009, a tradução para checo de alguns contos extraídos de Os Passos em Volta, de Herberto Hélder, efetuada por Juraj Štubner, venceu a 1ª edição do Prémio Hieronymitae Pragenses de tradução literária de obras em língua portuguesa. Em 2010, o primeiro lugar coube a Júlia Kočanová, pela tradução de vários contos do escritor brasileiro Ruben Fonseca.

A cerimónia de entrega do prémio de 2011 será seguida de uma conferência com as professoras Šárka Grauová e Vlasta Dufková, com o sugestivo tema Armadilhas da Tradução Literária.

Ambos os eventos estão incluídos na programação de fevereiro do CLP/IC, entidade que atualmente preside ao polo de Praga da Rede Europeia de Institutos Nacionais de Cultura da União Europeia (EUNIC).

A programação do CLP/IC de Praga inclui cinema de língua portuguesa, projetado nas instalações do próprio centro, exposições, uma conferência e a realização de um «Carnaval Luso-afro-brasileiro», a 21 de fevereiro.

O documentário Lixo Extraordinário (2010), dorealizador brasileiro Lucy Walker, que «acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz num dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro», abre esta semana o programa de cinema do mês, a que se seguirão nas semanas seguintes O Padre e a Moça (1965), também do brasileiro Joaquim Pedro de Andrade, Bodas de Deus (1998) do português João César Monteiro, e O Meu Nome Não é Johnny (2008), do brasileiro Mauro Lima.

A conferência de Frederico Rego, com o tema O Padre Valentim Estencel e a ‘Aula De Esfera’, a 16 de fevereiro, tem como foco a presença do jesuíta checo no ambiente científico e religioso de Portugal no século XVII, bem como sua atuação como professor de matemática e astronomia nos Colégios de Elvas e Santo Antão em Lisboa.

Por seu lado, a exposição O que é o teatro, organizada pelo Programa Território Artes, «pretende, através de imagens e texto, abordar de forma pedagógica o teatro, a sua expressão ao longo do tempo, os intérpretes, os autores, os textos, os públicos, os espaços de representação sobre os aspetos mais relevantes da História do Teatro, desde a Grécia até à atualidade».

Esta exposição será acompanhada por uma outra sobre «a arte de construção de bonecos teatrais, que apresentará uma breve história desta expressão plástica no contexto do teatro brasileiro» e que incluirá também bonecos criados pelos alunos no curso de teatro do CLP/IC sob a orientação do ator brasileiro Gil Conti.