Foi assinado, no dia 27 de maio de 2025, no Camões - Centro Cultural Português em Bissau, o Acordo de Parceria entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e o Ministério da Cultura, Juventude e Desportos da Guiné-Bissau, com vista à Elaboração da Estatística Cultural daquele país.
A iniciativa, implementada no âmbito do PROCULTURA, insere-se no objetivo de apoio ao setor público dos países do grupo PALOP-TL. Em consulta prévia, as tutelas da cultura haviam já identificado duas áreas-chave para financiamento de atividades a desenvolver pelo setor público: o Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura e as Estatísticas da Cultura. Importa referir que a recolha e tratamento de dados estatísticos sobre as Indústrias culturais e criativas tem uma inegável importância para o conhecimento da relevância e dimensão do setor nas economias nacionais, permitindo o desenvolvimento de políticas públicas e legislação que protejam os profissionais e as entidades que atuam no setor cultural e criativo.
O Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Miguel Cruz Silvestre, afirmou que “a cultura é cada vez mais reconhecida como um pilar essencial do desenvolvimento sustentável”, acrescentando que, por esse motivo, “ter acesso a dados estatísticos fiáveis e atualizados, vai permitir desenhar melhores e mais adequadas políticas públicas para o setor, mas também valorizar e dar visibilidade ao imenso manancial cultural e criativo da Guiné-Bissau”.
A Diretora-Geral da Cultura da Guiné-Bissau, Cynthia Évora Cassamá, em representação do Ministério da Cultura, Juventude e Desportos, explicou que o apoio do PROCULTURA vai permitir às autoridades guineenses conhecerem o seu potencial cultural, uma vez que o projeto pretende “mapear todo o setor cultural e artístico da Guiné-Bissau, permitindo, assim, conhecer as lacunas e desenvolver o setor”.
O PROCULTURA - Promoção do Emprego nas Atividades Geradoras de Rendimento no Setor Cultural nos PALOP e Timor Leste é um projeto financiado pela União Europeia, que é gerido e cofinanciado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e conta também com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. Dispõe de um orçamento de 19 milhões de euros e tem como objetivo contribuir para a criação de emprego em atividades geradoras de rendimento na economia cultural e criativa nos PALOP e em Timor-Leste.