GCCA TL - Programa de Apoio à Aliança Global contra as Alterações Climáticas em Timor-Leste

O objetivo do projeto é contribuir para o bem-estar sustentável das comunidades rurais de Timor-Leste, aumentando a capacidade das populações que vivem em subdistritos vulneráveis às alterações climáticas a lidar com os seus efeitos.

Descrição

A gestão sustentável dos recursos naturais tem impacto direto na melhoria dos modos de vida das comunidades mais vulneráveis às alterações climáticas. O GCCA propõe-se fazê-lo através dos mecanismos de desenvolvimento locais, da inclusão social e gestão de conflitos. Na prática, dotando as populações de ferramentas que lhes permitam um melhor entendimento das ameaças, para assim poderem tomar decisões informadas.

Recorrendo a uma monitorização meteorológica fiável e regular, as populações percebem melhor a causa-efeito das alterações climáticas na sua produção agrícola, permitindo-lhes identificar as respostas de adaptação mais adequadas. De igual modo, garantem maior resiliência através da recuperação do seu meio ambiente, num processo inclusivo em que é valorizado o diálogo e o envolvimento de todos.

São dados passos importantes na melhoria da fiabilidade dos instrumentos de monitorização meteorológica, com reabilitação de estações agrometeorológicas ou a introdução de um sistema de partilha de dados agrometeorológicos e de capacitação dos recursos humanos para a sua gestão.

As comunidades nas Bacias Hidrográficas de Seical e de Loes adaptam as suas práticas de agricultura, silvicultura e agro-florestal, partilhando boas práticas em Conferências e Campanhas Nacionais sobre Alterações Climáticas.

São ainda produzidas plantas que contribuem para o reforço de sistemas florestais e agroflorestais existentes, a conservação dos recursos naturais e a mitigação dos efeitos das alterações climáticas

Contexto

Timor-Leste elevou sua situação económica para um país de renda média baixa, mas depara-se ainda com grandes desafios no contexto regional do Sudeste Asiático onde se insere. Os indicadores de desenvolvimento humano são inferiores aos de outros países da região e a incidência de pobreza ainda alta em 41% da população que vive abaixo da linha de pobreza (USD 0,88 /pessoa/dia). A população continua a crescer a uma taxa de 3,5%/ano, estando o futuro da juventude em jogo (54% da população rural tem menos de 19 anos, com baixos níveis de escolaridade e desemprego elevado).

A agricultura surge assim como um setor particularmente vulnerável, pois, embora envolvendo cerca de 80% da população, corresponde apenas a cerca de um quarto do produto interno bruto. Para além disso, incide essencialmente na produção de subsistência, muito dependente do desempenho das monções. Ou seja, as comunidades rurais são as que mais sofrem com a escassez de alimentos, durante cerca de 3,8 meses por ano, e com a insegurança alimentar, com cerca de 55 % das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crónica moderada a grave).

Neste contexto de elevada dependência da agricultura de subsistência, a resiliência das comunidades rurais em TimorLeste é sistematicamente posta à prova por eventos climáticos imprevisíveis, deslizamentos de terra, enchentes ou degradação dos recursos naturais, mas também conflitos internos sobre os recursos, exacerbando questões de segurança alimentar.

Em resposta aos planos nacionais como o Programa de Ação Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ou o Plano Nacional de Conservação da Floresta, a União Europeia, o Camões, I.P. e a GIZ coordenaram esforços e trouxeram o melhor da sua experiência e conhecimento para apoiar TimorLeste, através de medidas de adaptação às alterações climáticas

 

Foto Testemunho

Eu considero este programa bom, pois ajudou-me a plantar vários tipos de árvores no meu terreno, pude plantar sândalo, cajú, casuarina, papaia e pitaia, tudo no mesmo espaço. A União Europeia está a ajudar-me, pela ajuda eu só tenho a agradecer muito.

- Suco Lissadila, Aldeia Lebuae

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